sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Em Fortaleza, evangélicos promovem campanha contra candidata do PT

FORTALEZA - A possível vitória da candidata do PT, Luizianne Lins, no primeiro turno inspirou a Convenção de Ministros das Assembleias de Deus Unidas do Ceará (Comaduec) a iniciar mais uma campanha contra a candidata. Além de oficializar o apoio à Patrícia Saboya (PDT), a entidade irá espalhar pela cidade, nesta quinta-feira (2), aproximadamente, 800 outdoors contra a candidata do PT. Essa não é a primeira vez que a entidade ataca a Luizianne. A mesma tática foi utilizada no mês passado pela convenção que mandou colar 800 cartazes e afixar outros 100 outdoors pela cidade, afirmando que a atual prefeita seria contra a bíblia e o povo de Deus. As mensagens anteriores traziam as frases: “Luizianne é contra a Bíblia e o povo de Deus. Diga não a Luizianne” e “Sra. Jezabel, por que a senhora é contra a bíblia e o povo de Deus?”. Agora, a briga ficará mais acirrada. A população irá se deparar, a partir de quinta, com os seguintes textos: “Não vote naquela que fez pacto com diabo para vencer as eleições” e “13 significa 666, a besta”. Essas novas ações dos pastores buscam a mudança de votos do eleitorado com o propósito de levar a disputa para o segundo turno. “Nós temos força para isso, congregamos 60 mil fiéis. Pode ter certeza de que Fortaleza irá para o segundo turno”, avisa o presidente da Comaduec, Shelley Macêdo da Costa. A decisão de apoiar Patrícia foi deliberada numa reunião com 410 pastores, quando foram analisadas as propostas de Moroni, Saboya e Gastão (que renunciou). Durante o pleito, 70% dos votos foram para a candidata Saboya. Sobre o patrocínio dessas ações, o presidente Shelley afirma que não há qualquer financiamento e faz questão de relembrar o apoio dos evangélicos à candidatura de Luizianne em 2004. “Naquele ano, a convenção apoiou o partido com 200 mil cartas e ninguém reclamou”, explicou.
Os conflitos entre os evangélicos e Luizianne teriam iniciado desde o veto da prefeita, em 2007, a um projeto de lei que previa a distribuição de exemplares da bíblia para todas as escolas públicas do município. A polêmica criada em torno do veto fez a petista voltar atrás e aprovar o projeto. “Se Luiziane é apoiada por pessoas que escondem dólares em roupas íntimas, porque não posso ser apoiada por um povo bonzinho”, declara Patrícia Saboya, fazendo referência à prisão de José Adalberto Vieira da Silva, em 2005, então assessor do deputado José Nobre, irmão de José Genoíno, ex-presidente do PT. A assessoria reforça que não houve qualquer contato ou discussão de Saboya com os evangélicos e acredita que eles acabaram votando nela pela sua trajetória com crianças e adolescentes.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Cientista britânico propõe ensino do criacionismo em escolas

LONDRES - A proposta de um diretor da Royal Society, prestigiada instituição científica britânica à qual um dia pertenceu Charles Darwin, de incluir o criacionismo nas aulas de ciências nas escolas britânicas foi fortemente criticada por colegas. Em uma intervenção no Festival da Ciência, celebrado em Liverpool, o diretor de educação da Royal Society, Michael Reiss, defendeu ser contraproducente banir das aulas todas as teorias alternativas para a origem a vida e do universo, só porque não têm base científica.
Reiss, que, além de biólogo, é sacerdote da Igreja Anglicana, afirmou que com essa exclusão somente se consegue que muitas crianças, vindas de famílias religiosas, se distanciem da ciência. Reiss explicou que ele mesmo havia explicado o evolucionismo nas aulas até que compreendeu que "simplesmente esmagar" os alunos com a teoria da evolução não funcionava, em alguns casos."Me contentaria, agora, simplesmente se as crianças vissem o evolucionismo como uma forma a mais de compreender o universo", disse.
As palavras de Reiss tiveram uma resposta imediata por parte dos membros da comunidade científica. "O criacionismo se baseia na fé e não tem nada a ver com a ciência, por isso não tem espaço nas aulas de ciência", disse Lewis Wolpert, biólogo da University College, de Londres.Por sua parte, John Fry, físico da Universidade de Liverpool, afirmou que as aulas de ciências "não são o lugar apropriado para discutir o criacionismo, que é uma teoria que se opõe a qualquer demonstração científica."De acordo com as diretrizes de educação fixadas pelo governo, o criacionismo não deve ser discutido em aulas de ciência, mas de religião.
Fonte: EFE

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Marta Suplicy defende direito de Gays

A candidata à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy apresentou suas propostas para a comunidade LGBT paulistana durante encontro com ativistas na noite da última segunda-feira, dia 08 de setembro, no Shelton Inn Hotel, região central da cidade."Nós queremos ser gay friendly. E o que é isso? Respeito. Poder sair na rua e ser respeitado, saber que se tiver algum problema a polícia está ao lado, a guarda metropolitana defende”, discursou Marta, ex-ministra do Turismo, no encontro que reuniu aproximadamente duas centenas de militantes dos direitos homossexuais.Entre os principais pontos defendidos pela candidata estão o fortalecimento da Cads (Coordenadoria dos Assuntos da Diversidade Sexual) e a descentralização das políticas de combate à homofobia entre as esferas do governo municipal. Marta se comprometeu ainda em lutar pela implementação de um programa "São Paulo sem Homofobia" (uma parceria com o governo federal), qualificação profissional para membros da comunidade menos favorecidos e pela realização de cursos de captação da Guarda Civil Metropolitana, para que que lidem sem preconceito junto aos LGTB e outras minorias. O Ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, que participou do evento ao lado de Marta, pediu a todos os presentes empenho na campanha e chamou a candidata do PT de "pioneira na defesa da diversidade".
Fonte: UOL

CIEE traça o perfil do estudante brasileiro

Quais os medos e expectativas dos estudantes na hora de escolher a profissão? Uma pesquisa do Centro de Integração Empresa Escola revela.
Cláudia Maruno está no último semestre de geografia e confessa que no começo do curso ficou um pouco decepcionada, porque tinha uma idéia diferente da profissão. Mesmo assim, acabou gostando. Ela só não teve dúvida de que precisava se dedicar aos estudos para garantir o sucesso no mercado de trabalho e na vida. “A partir do momento que você se esforça e consegue sugar tudo de bom que existe no seu curso, que a universidade tem para oferecer, é isso que vai fazer diferença no seu currículo”, afirma a estudante. Cláudia não foi a única que sentiu o peso de estar numa universidade. Uma pesquisa feita pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) mostrou que 85% dos estudantes acham que há uma mudança de comportamento depois da aprovação no vestibular. Onze mil alunos foram entrevistados em todo o país, entre 18 e 21 anos. Resultado: 51% acham que se tornaram mais responsáveis no trabalho, com a família, nos estudos e com a sociedade; 44% esperam que a universidade ofereça um bom nível de ensino; e no período da pesquisa, 80% dos jovens entrevistados não estavam estagiando. Não se identificar com o curso escolhido é o maior medo de 36% dos entrevistados. Para o CIEE, isso mostra que muitos estudantes não estão preparados para ingressar na universidade, não procuraram conhecer a profissão antes de fazer o vestibular. “Ele tem que tomar cuidado. Tem que pesquisar sobre a profissão, que conversar com profissionais, com entidades de classe. O estudante tem que entender e saber que profissão é aquela”, aconselha o gerente CIEE, Moisés do Espírito Santo. Serviço: A pesquisa completa está no site do Centro de Integração Empresa Escola.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Israel vai disponibizar acesso virtual aos pergaminhos do Mar Morto


Os textos mais importantes e polêmicos da época de Jesus vão ser disponibilizados na íntegra na internet, informa o jornal americano "New York Times". Trata-se da coleção completa dos chamados manuscritos do mar Morto, textos encontrados em Israel que datam do século 3 a.C. ao século 1 d.C. e traçam um retrato complexo e fascinante do judaísmo na época de Cristo. O Conselho de Antigüidades de Israel começou nesta semana a digitalizar os 15 mil fragmentos de texto, e a expectativa é colocá-los de graça na web nos próximos anos.

O trabalho é uma ferramenta essencial para a preservação desse legado histórico, porque os manuscritos do mar Morto só sobreviveram durante mais de 2.000 anos porque foram armazenados em condições especiais nas cavernas da região desértica de Qumran, na Cisjordânia. Mesmo com tentativas laboratoriais de manter os textos em situação semelhante, há exemplos de letras desaparecendo e outras ameaças à integridade física dos rolos. O trabalho de digitalização dos manuscritos está sendo liderado por Greg Bearman, pesquisador aposentado do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Bearman está usando uma câmera especial que consegue recuperar trechos ilegíveis da antiga escrita hebraica e aramaica.

O texto de todos os manuscritos (alguns equivalentes a livros inteiros, outros correspondentes a uma frase ou até uma única palavra) já foi publicado, mas a idéia é que especialistas e leigos do mundo todo possam ter acesso aos originais e consigam examiná-los virtualmente de vários ângulos.A Bíblia inteira e algo maisAparentemente, os textos de Qumran, como são conhecidos, eram exclusivamente judaicos. Foram encontrados exemplares (inteiros ou fragmentados) de quase todos os livros da Bíblia hebraica (equivalente ao Antigo Testamento protestante), com exceção do livro de Ester e do Primeiro Livro das Crônicas. Apesar da existência de variantes, os manuscritos do mar Morto têm bom grau de concordância com o texto bíblico que chegou até nós, o que mostra a existência de uma tradição textual contínua entre as Escrituras que podemos ler hoje e as que existiam cerca de 200 anos antes do nascimento de Jesus. No entanto, as cavernas de Qumran também abrigavam jarros contando textos até então desconhecidos dos estudiosos do judaísmo antigo. Alguns são comentários sobre o texto bíblico, salmos e orações. Outros, porém, parecem retratar as crenças de uma seita judaica radical que teria vivido na região (embora essa interpretação esteja sob ataque atualmente). Um dos mais famosos exemplares dessa categoria é o Pergaminho da Guerra, também conhecido como "A Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas", aparentemente uma espécie de apocalipse.

Há indícios de que a comunidade de Qumran se considerava a verdadeira representante da fé judaica, enquanto os sacerdotes do Templo de Jerusalém e a maioria dos outros judeus seriam condenados por Deus no Juízo Final. Até hoje, nenhum estudioso conseguiu demonstrar uma influência direta dos manuscritos do mar Morto sobre os primeiros cristãos.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Mundo aplaude as Olimpíadas, mas esquece da Perseguição aos Cristãos na China


Pastor chinês é detido antes de dar entrevista à BBC CHINA (10º) - Zhang Mingxuan, lider de uma igreja doméstica, foi detido pela polícia chinesa depois que jornalistas da BBC tentaram entrevistá-lo na segunda-feira, dia 4 de agosto. Juntamente com ele estavam sua esposa Xie Fenglang e o co-pastor Wu Jiang He.
O jornalista de assuntos internacionais John Simpson telefonou para Zhang a fim de pedir que ele concedesse uma entrevista, exatamente como foi solicitado no livro dado aos jornalistas que estão fazendo a cobertura dos Jogos Olímpicos em Pequim.
Zhang concordou em dar a entrevista, mas enquanto Simpson viajava para encontrá-lo, a polícia deteve Zhang e seus companheiros, e os levou para a delegacia.
Quando Zhang Mingxuan informou John Simpson, por telefone, sobre o lugar onde se encontrava, o jornalista se dirigiu para a delegacia e gritou algumas perguntas para Zhang, que estava visível numa janela aberta no segundo andar do prédio, como foi mostrado pela seqüência filmada pela BBC.
Os oficiais da Agência de Segurança Pública baniram Zhang e sua esposa de Pequim, durante a Olimpíada, temendo que eles tentassem se encontrar com autoridades estrangeiras em visita ao país.
Depois de forçar Zhange e Xie a deixarem sua casa, e impedi-los por diversas vezes de encontrar um lar temporário, no dia 16 de julho, oficiais entraram na casa de um amigo do casal que havia cedido abrigo, e os transportou até Yanjia, próximo à província de Hebei. Zhang e Xie se mudaram para outra cidade, ainda mais remota, para esperar pelo fim dos Jogos (leia mais).
Protestos ao presidente
Zhang viajou numa missão evangelista intinerante pela China antes de se mudar para Pequim, em 1998. Ele é co- fundador e presidente da Aliança das Igrejas Domésticas Chinesas, fundada em abril de 2005 para defender os direitos das igrejas domésticas cristãs.
Em 2005, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, convidou Zhang para um encontro durante uma visita oficial à China. O encontro entre os dois nunca aconteceu pois os oficiais detiveram Zhang antes que ele pudesse responder ao convite.
Presidente: Você está ciente?
Como presidente da Aliança, Zhang, em novembro de 2007, mandou uma carta aberta ao presidente Hu Jintao, encorajando a China a conceder liberdade religiosa. A carta, que também foi assinada pela esposa dele, continha o seguinte trecho: “Presidente Hu, você está ciente de que as autoridades abaixo de você prendem, espancam e expulsam os cristãos de suas casas?”
Zhang também mencionou várias prisões por atividades religiosas, incluindo um aprisionamento de 185 dias em 1986, pouco depois de ter se tornado cristão, e inúmeras ameaças, espancamentos e prisões depois que ele se mudou para Pequim.
Em 1999, os oficiais da Agência de Segurança Pública o prenderam por pregar em lugar público, e o confinaram por 13 dias em um hospital psiquiátrico.
A carta descrevia perturbações, incluindo ameaças de corte de água e eletricidade, e acusações de que Zhang estava ilegalmente adotando órfãos, após ter aberto um orfanato e uma escola em Yanjiao (leia mais).
Em sua conclusão, Zhang implorou a Hu Jintao a melhora dos direitos das religiões minoritárias, particularmente dos cristãos, para o benefício moral e social da China.
Encontros incômodos
Em junho, Zhang se encontrou com os representantes republicanos dos Estados Unidos, Franf Wolf e Christopher Smith, durante uma visita a Pequim. Mas oficiais do governo chinês o colocaram em prisão domiciliar pelo resto da noite, noticiou o jornal chinês “The South China Morning”.
Também em junho, policiais detiveram Zhang quando ele tentou se encontrar com Bastian Belder, um fiscal do Comitê Parlamentar Europeu de Assuntos Exteriores.
Fonte: Portas Abertas

terça-feira, 12 de agosto de 2008

São Pedro liderou cristãos romanos, mas nunca foi papa, dizem historiadores

Na época do santo, liderança das igrejas cristãs era 'compartilhada' por anciãos. Papado 'monárquico' surgiu séculos mais tarde; martírio em Roma é provável.

Católicos do mundo todo vêem São Pedro como o protótipo dos papas, o homem que fundou a sucessão ininterrupta de líderes da Igreja que chega até Bento XVI, mas o papel real do "príncipe dos apóstolos" provavelmente foi bem mais modesto, afirmam historiadores. Embora seja bem possível que Pedro tenha vivido, pregado e morrido em Roma, ele não fundou um governo centralizado da igreja romana, o qual demorou séculos para emergir.
Mais importante ainda, embora a igreja de Roma tenha conquistado desde cedo uma posição de destaque entre as comunidades cristãs espalhadas pela bacia do Mediterrâneo, as outras igrejas não creditavam o prestígio romano ao "papado" de Pedro, mas ao fato de que tanto ele quanto seu companheiro de apostolado, São Paulo, haviam pregado a palavra de Jesus e morrido em Roma. É o que diz um texto escrito por volta do ano 180 pelo líder cristão Irineu de Lyon.

Segundo Irineu, a comunidade de Roma havia sido "fundada e organizada pelos dois gloriosos apóstolos, Pedro e Paulo". "Para Irineu, a competência da igreja de Roma provinha de sua fundação pelos dois apóstolos, Pedro e Paulo, não só por Pedro", resume o historiador irlandês Eamon Duffy, da Universidade de Cambridge, em seu livro "Santos e Pecadores: História dos Papas".

Chegando mais tarde
Na verdade, a situação era ainda mais complicada do que Irineu imaginava. Tudo indica que a comunidade cristã de Roma foi fundada por um anônimo seguidor de Jesus, provavelmente um judeu da Palestina que se juntou aos dezenas de milhares de membros da comunidade judaica da capital do Império Romano. São Paulo, ao escrever para os cristãos de Roma na década de 50 do século 1, em nenhum momento menciona a presença de Pedro na cidade.

No entanto, sabemos pelos Atos dos Apóstolos, livro do Novo Testamento escrito no fim do século 1, que Paulo acabou indo para a cidade para ser julgado pelo imperador romano num processo que estava sofrendo. E outros textos, também do fim do século 1 e começo do século 2, dão conta de que tanto Paulo quanto Pedro foram mortos durante a perseguição contra os cristãos ordenada pelo imperador Nero entre os anos 64 e 67. A tradição sobre o martírio é relativamente próxima dos eventos, embora não esteja registrada na Bíblia, e há pouca razão para duvidar que os santos morreram mesmo na Cidade Eterna.

Pescador impetuoso
Para o padre e historiador americano John P. Meier, professor da Universidade Notre Dame e autor da monumental série "Um Judeu Marginal" (ainda não concluída) sobre a figura histórica de Jesus, o Novo Testamento traz uma série de informações importantes e confiáveis sobre Pedro. Originalmente, ele era um pescador da Galiléia (norte de Israel), casado, e aderiu ao grupo de discípulos de Jesus junto com seu irmão André. O nome de seu pai era João ou Jonas, e seu nome original era Simão.

O mais provável é que Jesus tenha dado a ele o apelido aramaico de Kepa (ou Kephas, como escreve São Paulo), "a pedra" ou "a rocha", depois traduzido como Petros, ou Pedro, em grego. Todos os evangelistas o apresentam como o principal membro do grupo dos Doze Apóstolos, ou como o porta-voz deles, e também retratam-no como um homem ao mesmo tempo generoso, extremamente apegado a Jesus, cabeça-dura (talvez uma relação irônica com seu apelido), indeciso e dado a súbitas mudanças de opinião.

Em suas cartas, São Paulo relata um relacionamento tempestuoso com Pedro. Ao se converter à fé em Jesus (Paulo, judeu com cidadania romana, antes perseguia os cristãos), Paulo teria passado alguns anos sozinho até ir a Jerusalém e falar com Pedro e outros apóstolos. Depois, conseguiu convencer o grupo original de seguidores de Jesus que os pagãos também poderiam ser convertidos, mas entrou em conflito com Pedro, chamando-o de hipócrita. É que Pedro foi visitar a comunidade cristã de Antioquia, na Síria, e inicialmente fazia suas refeições com os crentes de origem pagã, coisa proibida pela lei judaica. No entanto, quando outros judeus cristãos apareceram na cidade, ele parou de fazê-lo, o que provocou a reprimenda de Paulo.

As chaves do Reino dos Céus
Há indícios de que, antes de ir para Roma, o santo passou por Antioquia e por Corinto, na Grécia. No entanto, o momento definidor de sua carreira como "papa", segundo os apóstolos, teria acontecido ainda durante a vida de Jesus. Segundo o Evangelho de Mateus, Pedro teria dado mostras impressionantes da fé em seu mestre eu declarar a ele: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus, então, teria prometido a Pedro a liderança de seus seguidores: "Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Darei a ti as chaves do Reino dos Céus".




John P. Meier afirma que a "profissão de fé" extraordinária de Pedro provavelmente é um fato histórico, por estar registrada nas diversas fontes usadas pelos evangelistas para compor suas narrativas. Também não duvida do papel de liderança de Pedro na Igreja primitiva. No entando, diz acreditar que a promessa de Jesus não é histórica, justamente porque ela usa a expressão "igreja" -- que praticamente não aparece nos textos do Novo Testamento que tratam da vida de Jesus. Para ele, Mateus "retrojeta" uma situação da Igreja primitiva para a época em que Cristo ainda estava vivo.

Mais importante ainda para a questão do "papado" de Pedro, escreve Eamon Duffy, é o fato de que Roma aparentemente não tinham um bispo único até por volta do ano 150, ou seja, quase um século após a morte do apóstolo. É bom lembrar que, originalmente, o papa era o bispo de Roma, que recebia especial atenção de seus pares por governar a comunidade cristã onde tinham sido martirizados Pedro e Paulo. No entanto, vários documentos do começo do século 2, escritos para a comunidade de Roma e por membros dela, em nenhum momento fazem menção a um bispo, mas apenas aos "anciãos da igreja" ou "dirigentes da igreja".

Para Duffy, a explicação mais provável é que a unificação do comando da igreja romana nas mãos de um só bispo veio mais tarde, por causa de uma série de pressões externas e internas, entre elas o surgimento de heresias poderosas, que contrariavam os ensinamentos cristãos originais. Como forma de defesa, as igrejas, entre elas a de Roma, teriam instituído a "monarquia" dos bispos.

Crescem vagas de Emprego na Área de tecnologia



O mercado de trabalho para os profissionais da área de tecnologia voltou a crescer, está aquecido e à procura de mão-de-obra.
Um estudo recente mostra que o setor de tecnologia de informação e de comunicação oferece 33 mil vagas. O Sudeste é a região com o maior número de ofertas: mais de 23 mil. O Centro-Oeste fica com 6 mil. Na região Sul, há quase 3 mil postos. No Norte e Nordeste são 760 vagas. Segundo Cristian Gallegos, diretor da empresa, há vagas para profissionais de tecnologia mais baixa, chamada de gestão de sistema operacionais, bancos de dados, até os profissionais de desenvolvimento de produtos, estrutura e soluções para clientes, além de atendimento. Para preencher o quadro de funcionários, algumas empresas apelam para estratégias nada convencionais, por exemplo, um empregado que indica alguém é premiado e recebe um bom bônus. "Na Índia, por exemplo, a gente está buscando empresas que possam nos atender com demanda de desenvolvimento de produtos específicos", diz Cristian Gallegos.


Fonte: G1

Alunas da Fundação Liberato apresentam projeto sobre analfabetismo em feira científica

As alunas da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo, Bruna Jacob e Taís Pereira Flores, participam da 8ª Exposição Christus de Ciência e Tecnologia (Excetec), que ocorre em Fortaleza, entre os dias 11 e 14 de agosto. As estudantes estão apresentando o projeto Analfabetismo Funcional II: conhecendo a realidade, buscando a solução, que tem como orientadora a professora Vera Maria Mosmann. O projeto analisou as escolas públicas estaduais e municipais da cidade de São Sebastião do Caí, com o objetivo de identificar as diferenças entre o número de indivíduos que apresentam analfabetismo funcional entre as escolas públicas municipais e estaduais do município. Para realizar a pesquisa, foi elaborado um teste de interpretação de texto com perguntas dissertativas e objetivas, além da confecção de um desenho. O instrumento de trabalho foi dirigido aos estudantes de quinta série de quatro escolas públicas da cidade. O trabalho obteve credenciamento na 8ª Excetec por meio de um prêmio conquistado na 22ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), realizada no ano passado.
Fonte: SEC/RS

Isaac Newton buscava na Bíblia código sobre o fim do mundo


Um livro que acaba de chegar ao Brasil ajuda a revelar um lado surpreendente de Isaac Newton (1643-1727), pai da física moderna e responsável por formular a lei da gravidade, entre outras realizações científicas fundamentais. Nas horas vagas (ou, para ser mais exato, na maior parte do tempo durante sua maturidade), Newton se dedicava a um estudo detalhado, ponto por ponto, dos escritos atribuídos ao profeta Daniel e do Apocalipse, os dois livros bíblicos mais que mais versam sobre o fim do mundo. Para o cientista britânico, as duas obras eram guias precisos para a história do mundo até sua época e continham a chave para desvendar o que aconteceria no final dos tempos. Os estudos apocalípticos de Newton estão na obra "As profecias do Apocalipse e o livro de Daniel" (Editora Pensamento), traduzida integralmente para o português pela primeira vez. As análises newtonianas coincidem apenas em parte com o que os modernos estudiosos da Bíblia consideram ser a interpretação mais provável das Escrituras. Mas não devem ser lidas como sinal de que o cientista tinha um lado "retrógrado" ou "obscurantista", alertam especialistas. Pelo contrário: é bastante possível que a fé religiosa de Newton, e seu interesse por assuntos esotéricos, tenham facilitado suas descobertas. "A gente tem de inverter a relação. Não é apesar de suas crenças religiosas e místicas que o Newton consegue dar o pulo do gato nos trabalhos sobre a gravidade; é justamente devido a elas", afirma José Luiz Goldfarb, historiador da ciência e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "Os próprios estudos bíblicos de Newton já denotam uma sensibilidade mais crítica e moderna, uma tentativa de estudar as profecias de forma quase matemática, usando cronologias detalhadas."Pistas históricas"A gente costuma deixar ciência e religião bem separadas, mas o fato é que os manuscritos de Newton, que chegam a 4.000 páginas, abordam principalmente esses estudos místicos e esotéricos", conta Mauro Condé, professor de história e filosofia da ciência da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Com a morte dele, a Universidade de Cambridge e a Royal Society [principal sociedade científica do Reino Unido, da qual ele fazia parte], que tinham um modelo para o que deveria ser o trabalho científico, privilegiaram parte da obra dele e deixaram o resto vir a público de forma meio aleatória", diz o pesquisador. O livro em questão, publicado após a morte de Newton com base em suas anotações, é basicamente uma tentativa de desvendar o significado histórico das principais profecias do livro de Daniel (no Antigo Testamento) e do Apocalipse (livro do Novo Testamento que encerra a Bíblia cristã). Ambas as obras são caracterizadas pela riqueza de imagens simbólicas animais, estátuas, chifres, trombetas que funcionam como uma espécie de linguagem cifrada que o profeta propõe à sua audiência, e que às vezes é desvendada logo após a descrição das visões.Newton, para quem Daniel "é um dos profetas mais claros para se interpretar", traça uma série de correspondências entre as imagens proféticas e eventos reais no seu esquema, por exemplo, menções a "dias" sempre se referem, na verdade, a anos, animais ferozes e poderosos correspondem a reis ou nobres, e assim por diante. Usando essa chave simbólica, o cientista se propõe a relacionar todas as grandes ocorrências da história mundial, do exílio judaico na Babilônia (a partir de 586 a.C.) à sua época, com as visões de Daniel e, em menor grau, com as de João, o autor do Apocalipse. Romanos, bárbaros e papasAs duas principais visões do livro de Daniel se referem a uma estátua feita de vários tipos de metal precioso e não-precioso, e a uma sucessão de animais ferozes de aspecto sobrenatural. A interpretação tradicional (inclusive no interior do livro bíblico) é associar cada um dos metais e das feras a reinos que se sucederiam até o fim dos tempos, quando Deus salvaria seu povo e instauraria seu domínio sobre o mundo. No caso da estátua, temos os metais ouro, prata, bronze, ferro e argila misturada com ferro; para Newton, a correspondência é com os impérios da Babilônia, da Pérsia, dos gregos de Alexandre Magno e de Roma; "ferro e argila" misturados significariam as nações européias oriundas do território fragmentado de Roma, fundadas a partir de reinos bárbaros. Um esquema semelhante é aplicado aos animais ferozes; Newton aproveita o fato de que um deles tem dez chifres para associá-lo aos dez reinos bárbaros europeus fundados após a queda de Roma. Após esses dez chifres, surge mais um, "menor, e três dos primeiros foram arrancados para dar-lhe lugar. Este chifre tinha olhos idênticos aos olhos humanos e uma boca que proferia palavras arrogantes", diz o profeta. Newton afirma que esse chifre arrogante é a Igreja Católica, que havia se tornado um império ao adquirir vastas extensões de terra na Itália durante a Idade Média. O cientista traça a interpretação porque o livro de Daniel diz que o novo chifre" perseguia os santos". Fortemente anticatólico, Newton associava a Igreja à promoção de práticas vistas por ele como demoníacas, como a adoração dos santos, bem como à perseguição dos verdadeiros cristãos. Para ele, a Igreja Católica também pode ser identificada com a Besta do Apocalipse, representada pelo número 666. Em seus cálculos, Newton dá a entender que o fim do mundo viria após a reconstrução do templo de Jerusalém, em torno do ano 2400 mas se abstém de apontar um ano específico. Valeu a tentativaApesar do esforço interpretativo de Newton, poucos estudiosos atuais do texto bíblico vão concordar com sua análise. Para começar, enquanto o físico considerava que o livro de Daniel tinha sido escrito no século 6 a.C. pelo profeta do mesmo nome, o consenso moderno é que a obra é tardia, de meados do século 2 a.C. relatando, portanto, muitas coisas que já eram passado no tempo do profeta antes de se dedicar à profecia propriamente dita. Assim, Roma e a época cristã nem seriam mencionadas em Daniel: o profeta estaria falando apenas dos reinos sucessores de Alexandre Magno que lutavam pelo controle da terra de Israel naquela época. "Seriam, portanto, profecias depois do fato", escreve Lawrence M. Wills, professor de estudos bíblicos da Episcopal Divinity School (Estados Unidos). De acordo com Wills, o chifre perseguidor dos "santos" representa, mais provavelmente, o rei sírio Antíoco Epífanes (morto em 164 a.C.), e não tem relação alguma com a Igreja Católica. Tudo isso pode soar um bocado estranho para os que estão acostumados à separação moderna entre ciência e religião, mas José Luiz Goldfarb vê indícios dos interesses bíblicos de Newton na própria formulação da lei da gravidade. "No hebraico bíblico existe a palavra makom, que significa lugar. Mas, com a evolução do pensamento rabiníco, ela passa a designar a própria divindade. O Newton cita essa palavra em seus escritos, e parece ter usado o conceito para explicar como a gravidade atuava à distância -- como a gravidade do Sol pode atrair a Terra, por exemplo. É como se entre o Sol e a Terra houvesse um makom, que é Deus, o qual está em todos os lugares", diz o pesquisador. Goldfarb ressalta que Newton é só mais um exemplo de patrono da ciência que tinha suas idéias "fertilizadas" pelo pensamento místico de sua época. "Os dois campos se falavam e se influenciavam muito", diz. A crença monoteísta (num Deus único), se vista como um todo, também pode ter sido uma influência positiva nos primórdios da ciência e da filosofia, de acordo com Mauro Condé. "O monoteísmo nos parece simples, mas já exige uma forma de pensamento mais sofisticada e abstrata", diz ele. "E a busca por essências da natureza, por leis ordenadas, é uma coisa que Newton compartilha com filósofos como Platão. Isso foi incorporado na teologia cristã desde o começo", afirma Condé.
Fonte: G1

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

PORTAL DE NOTÍAS INTERNEXO

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Dionísio Hatzenberger
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